Era de nosso conhecimento, através
de uma reportagem ufológica exibida a mais de cinco anos atrás
pela emissora de televisão Meio-Norte (Teresina). A mesma guardada
em nossos arquivos mostrava sobre fatos e acontecimentos que
repercutiram por um certo tempo na mídia e na própria sede do
município. Mesmo com dificuldades que muitos grupos de ufologia
parecem compartilhar neste imenso País, estávamos decididos a
verificar in loco se o fenômeno ainda era presente na região.
Também tentar realizar uma vigília naquela sede interiorana. Por
imprevistos de última hora, tivemos uma redução do grupo
nesta pesquisas, mas conseguimos realizar boas entrevistas.
houve uma atualização dos fatos,
detalhes mais profundos que muitas vezes uma simples reportagem
deixa escapar. Mesmo pelo pouco tempo que já é de costume
permanecer nestas viagens de pesquisas (menos de 24 horas),
corremos contra o relógio e até com certas barreiras que aparecem
principalmente nas horas iniciais da localização e das entrevistas
do contatados.
Em municípios pequenos existe um
certo receio da população em falar com estranhos, de contar
realmente os acontecimentos na íntegra. Há sempre uma necessidade
de um articulador ou figura popular da região para fazer esta
ponte e conexão com os moradores. Alguns inicialmente desconfiam e
suspeitam de manobras políticas da ala opositora e acham que serão
prejudicados posteriormente. Gradativamente as “portas” se abrem e
passam a espelharem-se naqueles que são entrevistados.
Em Miguel Leão tivemos como ponto de
apóio o Sr. Araújo e esposa, figuras de uma simpatia e
amizade. Compartilhamos a satisfação de conhecê-los nesta viagem e
nos sentimos honrados e agradecidos em sermos acolhidos em sua
residência. Homem conhecedor dos fatos ufológicos no município,
foi o ponto de partida para nossas entrevistas. Iniciamos nossas
pesquisas ouvindo dele alguns acontecimentos marcantes sobre o
referido assunto e que o leitor confere mais à frente. Também
tivemos o privilégio de conhecer um pouco de suas viagens por todo
o nosso Estado. Sucessivamente algumas pessoas que presenciaram um
encontro com o suposto óvni foram localizadas. Detalhes de
endereços e aspectos pessoais não serão descritos aqui, já que no
município é muito fácil localizá-los. Estes permitiram compor este
artigo, que promete trazer muito mais revelações desconhecidas ao
longo de outras possíveis viagens futuras.
Residência do Senhor Araújo e
seus relatos preliminares. Fonte: UPUPI
(2005)
Das viagens realizadas para
outras localidades do nosso Estado, com certeza esta empolgo-nos
pela dimensão que o fenômeno representa naquela região. No auge
das incursões alienígenas o pânico generalizou-se e nos fez
imaginar como semelhante a Colares (Pará). A dimensão dos
acontecimentos tornou-se mais profunda e muito questionável.
Porque? Para que? e com que propósito este(s) suposto(s) óvni(s)
realizou e ainda continua com tamanhas incursões, perseguições e
manobras por toda aquela região.
2.
Tenente Pilar: A insegurança da população e a
presença da Aeronáutica
Conversamos com o ex-delegado do
município Tenente Pilar, que nos prestou esclarecimentos sobre
fatos acontecidos em sua gestão(década de 90). Contou-nos que era
freqüentes caçadores e populares prestarem queixa sobre as
perseguições do óvni. Muitos deixavam tudo em suas
“esperas” (caçadas noturna) e chegavam rasgados, feridos e em
estado de choque. O pânico e medo da população cresceram a
um ponto que Pilar e seu contingente de soldados não tinham como
enfrentar a situação. Estavam diante de um fenômeno que fugia as
normas básicas de um delegado de policia interiorano. A onda era
tão evidente que certa vez o objeto pousou num campo dentro da
cidade em época de festividades juninas. Nesta situação foi
comunicado pelos populares sobre este fato e teve que se desloca
correndo com a guarnição para esta área. O local era próximo da
delegacia, permitindo chegar rapidamente. Ao aproxima-se do campo
o objeto decolou lentamente como era de costume e no alto segui
rapidamente para um outro ponto mais à frente. Conta ele que
pegaram a viatura e seguiram para este segundo ponto de pouso.
Alguns minutos passaram até chegarem
onde o óvni já havia pousado novamente. A distância entre a
viatura e a nave era de aproximadamente uns trezentos metros.
Pilar relatou-nos que o objeto assemelhava-se a uma sobrinha
aberta, com possíveis pontas laterais servindo como ponto de apóio
no solo. Passados alguns minutos e já motivado pelos inúmeros
relatos dos populares, resolveram disparar dois tiros na tentativa
de intimidá-lo e afugentá-lo. Neste instante o aparelho decolou e
segui rumo ignorado.
Pela onda crescente que os fatos
estavam se caracterizando e como autoridade militar da cidade,
enviou inquérito policial ao Departamento de Polícia do interior
(DPI), que tomassem providências para estes acontecimentos. O
próprio documento enviado constava o testemunho já de quarenta
pessoas aproximadamente e do retrato falado do suposto óvni. A
situação estava sem controle, e o número de vítimas era muito
maior e crescente, o DPI solicitou a Aeronáutica ajuda. Pilar nos
relatou que ficou surpreso com a chegada de uma equipe de
investigadores militares. Permaneceram na região das 17:00 as
24:00 horas, e munidos de equipamentos fizeram os procedimentos de
análise. Visualmente presenciaram naquele dia a aparição de um
objeto que foi caracterizado como objeto voador não identificado
(óvni).
Tenente Pilar (ex-delegado)
relata os momentos difíceis. Fonte: UPUPI (2005)
O ex-delegado teve que se afastar do
cargo depois de um tempo, por motivos de saúde de sua esposa,
deslocando-se para a capital piauiense (Teresina), para um
tratamento médico. Relatou-nos que o fenômeno ainda persistiu
intensamente por alguns meses subseqüentes.
Hoje ele apenas houve o relato
de alguns moradores sobre outros fatos posteriores.Tentamos
localizar o atual delegado, mais infelizmente não estava na
cidade, para nos informar sobre possíveis acontecimentos mais
recentes.
3.
Casal sofreu perseguição na estrada e múltiplas
experiências
As perseguições estão presentes no
cenário ufológico piauiense. Muitos populares passam por tamanhas
experiências que ao lembrá-las até se “arrepiam”, provando um
sentimento permanente de medo do fato inusitado e aspectos de
origem desconhecida. Elizângela e seu marido (Luis) foram
protagonistas de um contato ufológico quando se dirigia para
uma festa próxima a cidade de Miguel Leão neste ano de 2005. Conta
ela que seguiam de moto pela estrada vicinal, estava a mesma na
garupa e observava as estrelas no céu (um velho hábito), quando
notou uma luz diferente numa altura bem abaixo do normal e que os
seguia. Num certo instante aquele pequeno foco se transformou em
vários pontos de luz de um mesmo objeto com dimensão bem maior que
a anterior. A luminosidade avermelhada e brilhante circulava todo
o aparelho com uma luz de maior intensidade branca na ponta ou
“cabeça” como ela definiu. No percurso tentava mostrá-lo ao marido
apontando-o, mas este devido à atenção na estrada e sem ver qual
rumo ela se dirigia, olhava apenas pelo retrovisor da moto e nada
via.
O medo da situação levou Elizângela
a repetir sucessivamente a frase “....ele vai nos pegar !”, e isso
permaneceu até eles chegarem próximos a umas casas no local da
festa que iam participar. Perceberam que outras pessoas também
observavam o mesmo objeto. Ao parar a moto, seu marido pôde
perceber então a luminosidade de que ela tanto falava, só que bem
mais distante. Notaram que o óvni era de forma alongada e que
seguiu rumo a cidade de Miguel Leão.
Luis e Elisângela descrevem as
experiências vividas. Fonte: UPUPI (2005)
Outros fatos aconteceram com o casal
em experiências distintas e pessoais. Conta ela que certa vez
estava tomando banho em um banheiro que fica no quintal de sua
residência, e devido à escuridão resolveu deixar a porta aberta.
Observou na linha horizontal do firmamento, uma “estrela” azul que
após um instante foi crescendo a tal ponto que imaginou que fosse
cair. De repente a mesma se deslocou no sentido de onde
observava deixando um rastro de luz semelhante à solda
elétrica.
Conta ela que dormia certa vez
sozinha, já que seu marido havia ido caçar (velho hábito de muitos
moradores interioranos), e ao acordar na madrugada, percebeu uma
pequena luz esférica projetar-se do chão e deslocar-se até
atravessar o teto. Percebeu próximo do quarto como se fosse a
cabeça de uma pessoa. Lembra que não teve reação e que seu coração
pulsava intensamente.
Seu marido também teve outras
experiências com o fenômeno. Numa dessas caçadas, e já alertado
por Elizângela sobre as aparições noturnas do óvni na região, não
deu importância ao fato e costumava repetir que só acreditaria no
se ele mesmo tivesse uma experiência pessoal. Certa vez há alguns
anos atrás, estava sentado numa rede de espera próximo a um
paredão (30 metros) nas matas de Miguel Leão, quando ouviu o
barulho de pequenas pedras e folhas caírem do alto. Havia colocado
um plástico acima da rede para evitar que o orvalho retido nas
folhas das árvores caísse sobre ele. Recolheu um pouco do mesmo
para olhar para o alto do paredão na tentativa de identificar a
origem do barulho. Sua intuição dizia ser os movimentos de um
guandu (pequeno lagarto) e realmente se confirmou quando
acendeu a lanterna e o localizou. Em seguida voltou ao estado de
espera e passou a notar numa possa d’água a sua frente uma certa
luminosidade refletida.
Tentou imaginar se havia outros
caçadores na região e não lembrava de ter visto algum. Resolveu
puxar novamente o plástico para olhar na direção do ponto
refletido e surpreso viu um objeto muito luminoso como a procurar
o ponto de origem de sua lanterna. Havia seis luzes (branca) no
objeto, três em cada lado. A sua forma era oval e produzia um som
semelhante a um ventilador. Seus movimentos eram ondulatórios e
estava a uma distancia de 30 metros aproximadamente.
Um certo tempo se passou nessa
procura e o óvni subiu um pouco e supostamente parece que
“acelerou” (definições de Luis) no sentido de deixar o local,
produzindo sobre o caçador uma intensa onda de frio paralisante.
Após este incidente e questionado sobre algum efeito físico
sentido, lembra que por duas vezes notou uma intensa fraqueza e
tontura, mesmo se alimentando muito bem. Nos contou ainda
que uma semana atrás desta entrevista, seu amigo “reizinho” teve
uma experiência semelhante quando se encontrava numa espera. Após
acender um cigarro, trocar as pilhas da lanterna e testá-la, uma
forte luz se projetou sobre ele. O incidente provocou muito medo,
pois é freqüente na região, caçador deixar rede, espingarda e
acessórios no local, fugindo da suposta luz que tanto tem
provocado temor aos seus protagonistas.
O casal nos relatou que dormiam
certa vez quando acordaram ouvindo sobre sua casa um barulho
semelhante ao descrito pelo marido em sua experiência na mata.
Aquele fato intrigou-os tanto que ela saiu de casa na tentativa de
observar se havia alguma coisa no alto e logo nada se
confirmou.
Luis relatou-nos sobre fatos
interessantes acontecidos alguns anos atrás. Num deles era
de tarde, as 16:00 horas aproximadamente. Estava em sua roça
(costume nordestino de plantio para garantir o sustento da
família), para colher feijão e milho. Descansava debaixo do rancho
(pequena casa para estoque da colheita) quando ouviu um som
semelhante à chuva. Saiu do abrigo e notou as folhas do plantio
balançarem com um vento localizado e não identificado. Este fato
intrigou-o porque olhava para cima e não via nada, mas sabia que
havia alguma coisa acima daquela estranha ventania. Lembra que ela
permaneceu se movimentando por alguns pontos da roça e que se
baseava pelas ondulações das folhagens. Aquele estranho
comportamento foi se deslocando sobre outras vegetações naturais
da região, até subir uma serra próxima.
Após presenciar este fato, foi
colher o feijão e ficou surpreso ao tocá-lo. No local onde o
“vento” passou, estava completamente gelado, como se tivesse
tirado da geladeira. Percebeu no dia seguinte que toda a vegetação
por onde o fenômeno passou (folhas do feijão e outros vegetais)
havia secado. Seu cunhado estava presente ao fato e ambos ficaram
a questionar sobre o incidente.
Pouco tempo depois o seu próprio
cunhado foi protagonista de um fato semelhante. Estava numa
“espera” e assombrou-se com uma estranha ventania sobre ele.
Deixou todo o material de caça no local e correu rumo a cidade.
Somente retornando ao lugar posteriormente para pegar o que havia
deixado. Após este acontecimento nunca mais se interessou por
caçadas.
4.
Óvni pousado surpreende Agricultor
O fato aconteceu com Raimundo Dias
da Silva há cinco anos atrás (2000) aproximadamente, no ponto
conhecido como “carnaíbas”. Ao chegar na roça pelas 5:00 horas da
manhã juntamente com António Silva (seu sobrinho), este se afastou
um pouco para fazer necessidades fisiológicas. Ao pular a cerca,
Raimundo percebeu um aparelho pousado ao solo bem próximo dali (50
metros aprox.). Este percebeu a presença dos dois e iluminou-se,
decolando e seguindo em sua direção. Alertou seu sobrinho sobre a
presença do “aparelho” e pediu que corresse para debaixo do
rancho. A princípio o mesmo duvidou de sua presença e achou que
era brincadeira do seu tio, mais logo pode comprovar visualmente.
Os dois ficaram refugiados no abrigo da roça, observando que o
óvni sobrevoava a área na tentativa de identificá-los.
Raimundo revive todo o encontro
com o óvni. Fonte: UPUPI (2005)
Lembra que tinha a forma de uma
antena parabólica e de uma luminosidade tão intensa que doía os
olhos. Quando estava pousado, viu como um cano da altura de um
poste estendido sobre o aparelho, com uma luz vermelha que piscava
no alto do objeto. este se recolheu quando decolou, ficando apenas
a intensa luminosidade que o envolvia. Após uns 10 minutos
sobrevoando o rancho e sem conseguir localizá-los, apagou-se,
ficando apenas e novamente a referida e pequena luz. O dia já
raiando, o “aparelho” subiu e seguiu rumo ignorado. Raimundo
relembra que depois que o objeto partiu, sentiram intenso frio.
Necessitando acederem uma fogueira.
5.
Caçadores sofrem perseguição de
óvni
O fato aconteceu em Agosto de 2004,
Ivan Lopes deslocou-se com seus colegas para as matas do município
de Miguel Leão, na tentativa de caçar cutia. Durante o dia nada
pegaram, mas resolveram arriscar a noite para pegar tatu. Enquanto
alguns arriscavam cavando buraco com a par para localizá-los, Ivan
acendia a lanterna para o alto iluminando os morcegos que voavam.
Falou para os companheiros que notou uma “estrela” descendo,
e estes duvidaram de sua afirmação. Pediu para que eles olhassem
para o céu e observassem uma determinada estrela no firmamento. Ao
acender novamente sua lanterna, todos viram que o referido ponto
luminoso apagou-se.
Com medo das inúmeras histórias
contadas por muitos, trataram de arrumar suas ferramentas e partir
o mais rápido possível. Ao caminharem alguns metros, lembrou-se
Ivan que havia deixado a par e olhou para trás, vendo neste
instante uma intensa luminosidade sobre a mesma. Relatou o fato
aos companheiros que neste instante perceberam o “aparelho”
seguindo muito baixo em sua direção. Lembra que o pânico foi
generalizado, todos gritando, chorando e chamando por seus
familiares. Nunca correram tanto como naquela noite.
Ivan relatou-nos o seu encontro
com o “aparelho”. Fonte: UPUPI (2005)
Na cidade alguns não acreditavam na
experiência que havia passado. Lembra bem de um caçador que
debochava dele, até que certa noite foi caçar na localidade
“tucuns” e teve um encontro com o referido “aparelho”. Deixou
rede, espingarda, lanterna, e chegou em Miguel Leão até sem camisa
e apavorado.
6.
Serra do Grajaú: Rota constante de óvni
Quando entrevistamos o Senhor Luis
Pereira havia dois dias que o mesmo presenciara o óvni sobre a
serra do Grajaú. Este referido ponto fica a uns seis
quilômetros depois do município de Miguel Leão. Por ser uma
extensa área, o “aparelho” é visto em diferentes pontos da mesma.
Luis tem também o hábito de caçar como muitos outros, e naquele
dia pôde observá-lo pela segunda vez deslocando-se muito próximo
de onde caminhava (50 metros). Conhecendo a forma de interceptação
do objeto, seguiu apenas o seu itinerário sem acender nenhuma
lanterna. Nos relatou que é freqüente a aparição por toda aquela
região. Normalmente mais visto entre 19:00 e 20:00 horas, meia
noite quase não se tem noticia, mais depois das 3:00 horas da
madrugada até as cinco é um horário propício para se ter algum
tipo de contato.
Luis relata os seus contatos
vividos na Serra do Grajaú. Fonte: UPUPI (2005)
Questionado sobre a forma do objeto,
contou-nos que se assemelha com um “capacete”, redondo em sua
forma luminosa. Possui uma pequena luz vermelha que pisca sempre.
Lembrou também que outros companheiros já presenciaram o mesmo
fato em épocas distintas.
7.
Perseguição na estrada de Miguel Leão
Um fato surpreendente aconteceu no
dia 28 de maio de 1996 com a Senhora Edite (57 anos), Neuma,
Deumar, Décio e outros. Este incidente virou reportagem na
emissora de televisão Meio Norte (Teresina). O reporte Wellington
Raulino, entrevistou algumas das testemunhas. Contaram para ele
que haviam saído de Miguel Leão para participarem de uma cerimônia
religiosa no vizinho município de Monsenhor Gil, distante uns 30
Km aproximadamente (há o costume de populares de alugarem carro
com carroceria para se deslocarem para festas, cultos e outros
tipos de comemorações). Ao retornarem não muito tarde da noite,
lembra Edite que viu outros veículos de conhecidos seus
ultrapassarem o carro que vinha. Como na cabine não cabiam todos,
a mesma ficou com outros sentados na parte traseira do carro a
observar toda a movimentação na estrada. Num dado instante pode
perceber entre as folhagens da mata uma luminosidade que
identificou a principio ser de um veículo. Achou estranho porque
todos aqueles que haviam saído juntamente de Monsenhor Gil já
seguiam mais à frente. Quando a luminosidade se aproximou,
percebeu então que se tratava do já conhecido “aparelho”. O medo
se instalou, pois o objeto se aproximava tanto que parecia que ia
pousar sobre o veículo. Rezas, choradeiras e gritarias eram
constantes nesta perseguição. Edite pedia a Décio (proprietário e
motorista do carro) que corresse mais, se não o “bicho” iam
pegá-los.
Wellington entrevista Neuma,
Edite e Deumar. Fonte: Meio Norte (2000 aprox)
Em sua mente, havia criado a
situação de que em qualquer instante poderiam morrer. Se o carro
virasse não escapariam, e se parasse o “bicho” os pegariam. A
forma do objeto era arredondada, lembra Deumar. Com uma
luminosidade amarelada por fora, e no centro vermelha. Havia
momentos que o óvni desaparecia, para retornar logo à frente. A
perseguição somente acabou, quando o carro alcançou a zona
urbana de Miguel Leão.
Obs: Na época, a equipe do Meio Norte fez até os
retratos falados dos supostos óvnis.Estes baseados nas
testemunhas entrevistadas. O primeiro refere-se ao incidente
Ocorrido na estrada. Já o outro, é relacionado ao pouso do
“aparelho” na roça doAgricultor Raimundo.Fonte: MN (2000
aprox)
8.
Outros fatos a serem
investigados
A equipe da UPUPI em conversa com o
Sr. Araújo, descobriu outros fatos acontecidos entre 1993 e 1998,
estes a serem investigados posteriormente. Algumas das testemunhas
não foram localizadas e outras devido ao curto tempo de nossa
permanência, não puderam ser entrevistadas. Entre elas citamos o
incidente acontecido com Maria da Cruz, morada do município. A
mesma saiu para colher buriti (fruto típico de nossa região) nas
matas próximas de Miguel Leão (1,5 Km distante). Era noite e ao
chegar próximo de uma arvore com este fruto foi surpreendida com
um facho de luz fortíssimo que se projetou sobre a mesma.
Apavorada, retornou correndo a cidade por um percurso muito
doloroso. Passou sobre uma vegetação conhecida por macambira
(muitos espinhos), chegando com as pernas completamente
ensangüentada. O médico da época, Sr Altamiro (hoje
falecido) foi quem deu assistência a vitima.
Contou-nos Araújo sobre outro
incidente acontecido com o agricultor conhecido como “budim”. Este
acordava normalmente pelas cinco horas da manhã e seguia para a
roça em época de plantio ou colheita. Na época havia, participado
de uma festa e acordou mais cedo imaginando ser o habitual. Como
estava no período do horário de verão, seguiu caminho com destino
a sua plantação. Ao chegar percebeu que o amanhecer ainda estava
longe e havia se atrapalhado. Deitou embaixo do rancho, quando foi
surpreendido por uma intensa luminosidade que se projetou sobre o
teto de onde estava. Neste instante ficou imóvel e só a observar o
que se passava no alto. O seu cachorro ficou grunhindo baixinho e
assustado. A luz era tão intensa que atravessava as palhas e
iluminava tanto o chão, que era possível se achar uma agulha.
Com um pequeno deslocamento do
objeto luminoso, então conseguiu visualizar melhor o referido
“aparelho”. Tinha o formato e dimensão de um tambor de 200 litros.
Ficou alguns instantes a observá-lo até que desapareceu num pisca
de olhos. Diante da experiência passou aproximadamente três meses
traumatizado com o fato e ausentou-se de sua roça.
Araújo lembrou-se de que em 1998 no
povoado conhecido como capina, distante uns três quilômetros de
Miguel Leão, alguns alunos que vinham estudar na sede do
município, não compareciam as aulas noturnas em certas épocas e
noites. Alegavam que uma estranha luz permanecia na estrada
iluminando tudo. Motivados pelo medo e certo pavor da estranha
luminosidade batizada de “et”.
Uma experiência inusitada também
aconteceu com os caçadores conhecidos como “Zé do guará” e
“foboca” na localidade “carnaíbas”. O primeiro estava
sentado na rede e foi iluminado por um objeto desconhecido.
Não dando importância ao fato, resolveu vir embora com o
companheiro. No caminho “foboca” sentiu vontade de fazer
necessidade fisiológica e ao entrar no mato e permanecer agachado
por um instante, foi surpreendido por aquele intenso facho de luz.
Gritou ao companheiro “Zé do guará” que pegasse sua arma e
atirasse no aparelho. Talvez motivados pelo susto e medo, não
conseguiram localizar nenhuma das armas e correram até a sede do
município.
9.
A vigília e condições do
tempo
Torna-se uma característica nas
viagens de campo, a procura de informações sobre a previsão do
tempo. Como nas semanas anteriores haviam-se verificado intensa
onda de calor sobre o Piauí, inclusive com temperaturas de maior
magnitude em todo o Brasil, imaginávamos realizar uma boa
observação noturna naquele município. Um dia anterior a nossa
viagem, uma massa de ar fria “empurrou” grandes nuvens para
toda região nordestina. O Estado do Piauí ficou por quatro dias
coberto de nebulosidade completamente. Inclusive chuvas em alguns
municípios.
Como o ponto de apóio na cidade já
nos aguardava e era evidente realizar esta viagem antes que o
verão ou “inverno” (como é conhecido o período das chuvas
aqui no nordeste) iniciasse. Subimos a noite (sábado,26) ao morro
do cipoeiro, onde anos atrás a equipe do Meio Norte havia filmado
um objeto luminoso suspeito. Não pudemos fazer o reconhecimento da
área antecipada durante à tarde (grupo reduzido), já que é
uma rotina de segurança nossa. O espaço encontrado no alto, devido
ao crescimento da vegetação, prejudicava a visualização do
horizonte. Pouco tempo depois, descemos.
Morro do cipoeiro e a barragem,
dois pontos em nossa vigília. Fonte: UPUPI (2005)
Tentamos mais tarde as margens da
barragem, mais o tempo fechado não permitiu enxergar nenhuma
estrela. Às três horas da manhã, cansados pelas entrevistas e pela
geografia da cidade (subidas e descidas de ruas), retornamos a
casa do Sr. Araújo. Tínhamos uma importante entrevista a realizar
pela manhã antes de nosso retorno a Teresina.
10.
Características do óvni de Miguel Leão
Das entrevistas realizadas em Miguel
Leão, principalmente aqueles incidentes envolvendo caçadores e
agricultores, pode-se de fato afirmar alguns pontos
característicos do suposto óvni. Embora muitos tenham vivido
experiências distintas em lugares, épocas e horários. Na
realidade, existe um processo que colabora com os
acontecimentos:
O óvni atua na região há muito tempo,
aproveitando-se do isolamento geográfico e de poucos recursos
tecnológicos disponíveis no município.
- Na região ainda se praticam intensas caçadas noturnas,
contribuindo com a presença humana disponível para
interceptação.
- Pratica-se o plantio rudimentar (roça de toco), sendo
também de fácil localização no período diurno.
- A princípio, o(s) objeto(s) permanece(m) no alto
disfarçado(s) de estrela para difícil localização.
- Localizam os caçadores pela própria luminosidade de suas
lanternas.
- Projetam uma intensa luminosidade sobre a vítima,
resultando numa queda de temperatura (frio) ao partirem.
Contradizem nossas leis sobre o aquecimento resultante de
uma intensa luz artificial.
- Utilizam-se provavelmente de imagens holográficas ou
manipulações mentais quando aparecem durante o dia.
Principalmente porque as vítimas só conseguem ver o
movimento localizado das plantas, o barulho semelhante à
chuva e o processo seguinte de encolhimento ou secagem das
folhas.
- As formas e tamanhos são variados, e isso depende do
ponto visual de observação e das condições psicológicas.
Alguns relatam de forma circular, arredondado ou alongado.
Um fato bem caracterizado foi no incidente do pouso. O cano
projetado sobre o centro do óvni pode ser uma espécie de
mecanismo que faz uma varredura do lugar na tentativa de
proteger, já que o mesmo está vulnerável no solo.
Pode-se dizer que ainda existe uma
infinidade de teorias descritivas que serão avaliadas
posteriormente. Principalmente no aprofundamento das pesquisas de
campo que serão desenvolvidas ao longo de 2006. Há evidências da
presença alienígena em todos os cantos deste imenso Estado. A
tarefa do pesquisador ufológico não é somente repassar os
acontecimentos. Cabe a cada um envolvido, o entendimento e
compreensão do fenômeno. Somos portadores de uma realidade
mascarada por muitos. Representamos o tormento de outros que temem
o fim da fonte financiadora ($) e fácil da manipulação humana.
Simbolizamos um caminho que segue irremediavelmente ao encontro de
uma verdade, e esta chegará num piscar de olhos ou no ligar
de sua “lanterna” interior.
Agradecimentos:
Araújo e esposa
Redação e filmagens: Flávio Tobler
Entrevistas: Igor Patrik
Apóio
técnico: Samuel
Núcleo da UPUPI
Dezembro de
2005